Desconhecemos o sentido da vida – de onde ela vem e para onde ela vai. Há algo, porém, a nosso alcance: formulações de pensamento que nos sirvam de diretriz para alívio do sofrimento. Uma dessas formulações é o estoicismo, conjunto de ideias que nos convida a refletir sobre o que podemos controlar em nossas vidas e como podemos encontrar a paz interior através da aceitação e da virtude.
Definir o sentido da vida é uma pergunta que nos atravessa e nos angustia enquanto humanos. É certo que diversas são as áreas do conhecimento que se debruçam na busca por respondê-la – desde a religião até a ciência – e algumas até se arriscam em dizer algo, mas nada que se comprove.
Sendo assim, para essa que talvez seja a pergunta mais fundamental de nossa existência, nenhuma das fontes que conhecemos é capaz de nos dar alguma certeza. Logo, se nenhuma resposta nos soa suficiente, o que nos resta, então, é assumir algum critério ou diretriz que nos sirva de bússola para viver.
É justamente a partir desse ponto – da vida em sua dimensão cotidiana – que lançaremos mão do Estoicismo como um farol que nos forneça algum sentido prático dessa experiência humana que mais parece um grande laboratório de experimentações ou mesmo um jogo diante do qual temos que jogar sem conhecer suas regras.
A doutrina estoica é uma filosofia que nos convida a refletir sobre como enfrentamos os desafios da vida, como controlamos nossas emoções e como cultivamos a serenidade. Vamos conhecê-la um pouco mais?
Afinal, que escola filosófica é essa e porque vale tanto a pena conhecê-la? De maneira bem sucinta, o Estoicismo pode ser definido como uma antiga doutrina filosófica criada por Zenão de Cítio cujo objetivo, fundamentalmente, consiste em nos ensinar a viver a vida em harmonia com a natureza e em se aceitar aquilo que foge do nosso controle.
Tal filosofia nos estimula a praticar a virtude, a exercer o controle sobre nossas emoções e a desenvolver resiliência1 perante as adversidades que nos atravessam.
focar no que está ao nosso alcance, mas também sobre desenvolver a resiliência diante das adversidades e sobre encontrar significado nas pequenas ações diárias, tornando, assim, a vida mais equilibrada, serena e harmoniosa.
Principais pensadores
Sêneca, que escreveu sobre moralidade e ética.
Epicteto, um ex-escravo que escreveu acerca da relevância da autodisciplina e do controle interno.
Marcus Aurelius, um imperador romano que elaborou reflexões relativamente à autoconfiança e à paz interior.
Os 7 princípios
1. Controle o que está dentro de você; libere o que está fora
Por tal princípio, podemos entender que as circunstâncias externas não devem ter poder sobre você. Imagine esse exemplo: você sai à rua feliz com a manhã ensolarada quando, de repente, é surpreendido(a) por uma forte chuva. Como tantos outros, a chuva é um evento externo – nesse caso, um evento objetivo também; logo, parece não fazer sentido irritar-se com ela, que apenas cumpre o seu papel (guarde isso). Sofrer ou não diante disso é uma escolha que fazemos. Aliás, Sêneca já dizia que sofremos mais pela imaginação que fazemos acerca das coisas do que pela realidade em si mesma. É fato que não temos controle sobre a chuva; todavia, podemos tê-lo em relação a nossas próprias emoções.
2. Abrace o momento presente
O único tempo que nos cabe é o presente.
Imagine que você tem em mãos um volumoso livro emprestado. À medida em que você compreende o que lê, você vira a página e segue lendo, pois precisa concluir a leitura para devolvê-lo a seu dono. Caso resolva sempre voltar a página para remastigar a leitura. Assim também é na vida, onde prender-se ao que já se passou só nos causa dor e angústia; arrepender-se pelo que se fez ou não se fez em nada reescreve o passado. Pelo contrário, só nos impede de apreciar o presente.
Usando a mesma analogia do livro, imagine-se agora, por pura ansiedade, saltando páginas para saber do desfecho da obra. De igual modo, o presente é desperdiçado sem que consigamos antecipar uma única resolução para aquilo que nos aflige.
Portanto, tal qual um livro, nossa atenção e nossa energia devem estar focadas em cada página por vez, uma vez que só o AGORA importa, pois é apenas isso que temos da dimensão chamada tempo.
3. Aceite a mudança como parte da natureza
A vida não para; a vida muda constantemente. Basta observamos a natureza para nos darmos conta dessa verdade. Entretanto, ainda que conscientes de que tudo muda, não só tememos como costumamos opor resistência às mudanças. O filósofo Epicteto já dizia: o que importa não é o que acontece conosco, mas a maneira como reagimos ao que nos acontece.
4. Desapegue da validação externa
O mesmo Epicteto também alertava que “o homem não se preocupa com problemas reais, mas com as ansiedades imaginadas sobre problemas reais”.
É pensando nisso que a doutrina estoica nos adverte acerca da importância de buscarmos essa validação dentro de nós mesmos(as), pois ninguém mais que você conhece seu valor pessoal e suas ações.
5. Reconheça os ciclos naturais da vida
Desconhecemos o sentido da vida – de onde ela vem e para onde ela vai. Há algo, porém, a nosso alcance: formulações de pensamento que nos sirvam de diretriz para alívio do sofrimento. Uma dessas formulações é o estoicismo, conjunto de ideias que nos convida a refletir sobre o que podemos controlar em nossas vidas e como podemos encontrar a paz interior através da aceitação e da virtude.
Definir o sentido da vida é uma pergunta que nos atravessa e nos angustia enquanto humanos. É certo que diversas são as áreas do conhecimento que se debruçam na busca por respondê-la – desde a religião até a ciência – e algumas até se arriscam em dizer algo, mas nada que se comprove.
Sendo assim, para essa que talvez seja a pergunta mais fundamental de nossa existência, nenhuma das fontes que conhecemos é capaz de nos dar alguma certeza. Logo, se nenhuma resposta nos soa suficiente, o que nos resta, então, é assumir algum critério ou diretriz que nos sirva de bússola para viver.
É justamente a partir desse ponto – da vida em sua dimensão cotidiana – que lançaremos mão do Estoicismo como um farol que nos forneça algum sentido prático dessa experiência humana que mais parece um grande laboratório de experimentações ou mesmo um jogo diante do qual temos que jogar sem conhecer suas regras.
A doutrina estoica é uma filosofia que nos convida a refletir sobre como enfrentamos os desafios da vida, como controlamos nossas emoções e como cultivamos a serenidade. Vamos conhecê-la um pouco mais?
Afinal, que escola filosófica é essa e porque vale tanto a pena conhecê-la? De maneira bem sucinta, o Estoicismo pode ser definido como uma antiga doutrina filosófica criada por Zenão de Cítio cujo objetivo, fundamentalmente, consiste em nos ensinar a viver a vida em harmonia com a natureza e em se aceitar aquilo que foge do nosso controle.
Tal filosofia nos estimula a praticar a virtude, a exercer o controle sobre nossas emoções e a desenvolver resiliência1 perante as adversidades que nos atravessam.
focar no que está ao nosso alcance, mas também sobre desenvolver a resiliência diante das adversidades e sobre encontrar significado nas pequenas ações diárias, tornando, assim, a vida mais equilibrada, serena e harmoniosa.
Principais pensadores
Sêneca, que escreveu sobre moralidade e ética.
Epicteto, um ex-escravo que escreveu acerca da relevância da autodisciplina e do controle interno.
Marcus Aurelius, um imperador romano que elaborou reflexões relativamente à autoconfiança e à paz interior.
Os 7 princípios ou as 7 lições
1. Controle o que está dentro de você; libere o que está fora
Por tal princípio, podemos entender que as circunstâncias externas não devem ter poder sobre você. Imagine esse exemplo: você sai à rua feliz com a manhã ensolarada quando, de repente, é surpreendido(a) por uma forte chuva. Como tantos outros, a chuva é um evento externo – nesse caso, um evento objetivo também; logo, parece não fazer sentido irritar-se com ela, que apenas cumpre o seu papel (guarde isso). Sofrer ou não diante disso é uma escolha que fazemos. Aliás, Sêneca já dizia que sofremos mais pela imaginação que fazemos acerca das coisas do que pela realidade em si mesma. É fato que não temos controle sobre a chuva; todavia, podemos tê-lo em relação a nossas próprias emoções.
2. Abrace o momento presente
O único tempo que nos cabe é o presente.
Imagine que você tem em mãos um volumoso livro emprestado. À medida em que você compreende o que lê, você vira a página e segue lendo, pois precisa concluir a leitura para devolvê-lo a seu dono. Caso resolva sempre voltar a página para remastigar a leitura. Assim também é na vida, onde prender-se ao que já se passou só nos causa dor e angústia; arrepender-se pelo que se fez ou não se fez em nada reescreve o passado. Pelo contrário, só nos impede de apreciar o presente.
Usando a mesma analogia do livro, imagine-se agora, por pura ansiedade, saltando páginas para saber do desfecho da obra. De igual modo, o presente é desperdiçado sem que consigamos antecipar uma única resolução para aquilo que nos aflige.
Portanto, tal qual um livro, nossa atenção e nossa energia devem estar focadas em cada página por vez, uma vez que só o AGORA importa, pois é apenas isso que temos da dimensão chamada tempo.
3. Aceite a mudança como parte da natureza
A vida não para; a vida muda constantemente. Basta observamos a natureza para nos darmos conta dessa verdade. Entretanto, ainda que conscientes de que tudo muda, não só tememos como costumamos opor resistência às mudanças. O filósofo Epicteto já dizia: o que importa não é o que acontece conosco, mas a maneira como reagimos ao que nos acontece.
4. Desapegue da validação externa
O mesmo Epicteto também alertava que “o homem não se preocupa com problemas reais, mas com as ansiedades imaginadas sobre problemas reais”.
É pensando nisso que a doutrina estoica nos adverte acerca da importância de buscarmos essa validação dentro de nós mesmos(as), pois ninguém mais que você conhece seu valor pessoal e suas ações.
5. Reconheça os ciclos naturais da vida
O estoicismo nos ensina que nada vale resistirmos aos ciclos naturais. Se sabemos que os ciclos se iniciam e têm um fim, lutar contra isso é tolice. É como entrar na água movido pelo irracional desejo de não se molhar.
Logo, o fim dos ciclos e as perdas dele oriundas são naturais. Afinal, para que haja o novo, o que é velho precisa ir embora. Marcus Aurelius já ensinava que “a perda nada mais é do que mudança, e a mudança é o deleite da natureza”.
Portanto, para essa doutrina filosófica, mais coerente que se apegar a algo ou a alguém, é aprendermos a apreciar a impermanência.
(…)
Muito embora se trate de uma antiga doutrina, elaborada em tempos tão distantes do nosso, essa escola construiu ensinamentos que podem ser definidos como universais e atemporais, uma vez que são igualmente válidos para todas as épocas – até que evoluamos o suficiente, é claro.
Leia, reflita e compartilhe com amigos.
Um abraço!
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